INFLUÊNCIA DO ÁLCOOL - III

1. EFEITOS SOBRE A CONDUÇÃO

Muitos condutores crêem estar em perfeitas condições físicas quando têm uma taxa de alcoolémia abaixo dos 50 mg/ml ou mesmo dos 80 mg/ml. Estão enganados !

Com uma taxa de 20 mg/ml já é detetável a falta de capacidade de concentração.

Diversos fatores tais com fadiga, doença, "stress" e medicamentos, contribuem para a falta de concentração, mesmo quando se ingerem pequenas quantidades de álcool.

Alteração da visão sobretudo em relação às luzes em movimento.
Falta de perceção das distâncias.
Tendência para correr maiores riscos e executar manobras perigosas, fazer ultrapassagens, aproximação exagerada a outros veículos, etc.

Diminuição de perceção das distâncias.
Diminuição de adaptabilidade da visão às variações de intensidade luminosa.
Insensibilidade às luzes vermelhas.
Redução da capacidade de reação e de concentração.
Falta de equilíbrio.

Consequências:

Falta de perceção das distâncias, sobretudo em relação às curvas e mudanças de direção.
Perigo de excesso de velocidade.
Falta de perceção em relação às luzes vermelhas, trabalhos na estrada, travagens e luzes dos outros veículos.
Necessidade de muito mais tempo para efetuar travagens, devido à falta de concentração e ao aumento de tempo de reação.
Dificuldade em manter o equilíbrio por parte de ciclistas e motociclistas.

Estado de euforia.
Visão em túnel e falta de adaptabilidade às luzes de outros veículos, à luminosidade exterior.
Dificuldade em reconhecer obstáculos que possam interferir com a execução normal da tarefa da condução.

Consequências:

Falta de preocupação quanto às precauções a tomar na condução.
Falta de adaptabilidade visual às luzes dos veículos que circulem na faixa contrária.
Perceção tardia de peões, ciclistas e veículos estacionados.

Começo dos sintomas de total incapacidade para conduzir.
Euforia extrema com profunda alteração da concentração, perceção de distâncias, luzes, etc.
Falta de equilíbrio.
Reações muito lentas.

2. QUANDO É SEGURO VOLTAR A CONDUZIR ?

Exemplo:

Numa festa um indivíduo tomou várias bebidas, tendo atingido uma taxa de alcoolémia de 200 mg/ml à meia-noite.

Às 7 h 30 da manhã, a sua taxa de alcoolémia é de 130 mg/ml e às 17 h é cerca de 40 mg/ml.

Não existe nenhuma maneira de acelerar a eliminação do álcool pelo organismo, nem com café, nem com um duche, ou com outros expedientes muitas vezes utilizados ou recomendados.