CONHECER OS VINHOS

ESPÉCIES DE UVAS

- UVAS FINAS - Vitis Vinifera (uvas europeias)

São as mais adequadas para vinificação.

Possuem grãos pequenos e casca mais grossa.

Exigem maiores cuidados no cultivo.

Não se adaptam a quaisquer terrenos ou climas.

A grande maioria dos vinhos que temos em comercialização são elaborados com este tipo de uvas, consideradas como as mais adequadas para vinificação.

Regiões em destaque: Bordeaux, Chianti, Champagne, Rioja.

- UVAS DE MESA - Vitis Bourquina, Vitis Labrusca, Vitis Rupestris (uvas de mesa ou uvas americanas)

São mais adequadas para consumo direto e sucos.

Possuem grãos maiores e casca mais fina.

Adaptam-se a diversos tipos de terrenos e climas.

Estas uvas têm caraterísticas físicas e comportamento diferentes das uvas europeias, crescendo em condições distintas e gerando vinhos de cores intensas e opacas, aromas rústicos e sabores simples com certa doçura.


A denominação de origem controlada ou (DOC) é o sistema de denominação utilizado para certificar vinhos, queijos, manteigas e outros produtos agrícolas portugueses. Esta designação é atribuída a produtos produzidos em regiões geograficamente delimitadas, que cumprem um conjunto de regras consignadas em legislação própria.

 

As regiões vinícolas portuguesas, bem como os produtores de diversos outros produtos estabeleceram este sistema após a entrada de Portugal na Comunidade Europeia em 1986. O sistema DOC substitui o anterior "Região Demarcada" que vigorou desde o início do século XX.

 

Para melhor entendermos o mundo dos vinhos, vamos dividi-lo em dois grandes grupos: vinhos finos e vinhos de mesa, com várias categorias ou sub-divisões.

> VINHOS FINOS
(espécie de uvas: Vitis Vinifera)

De um modo geral, os vinhos finos enquadram-se em três tipos:

1 - Vinhos tranquilos

2 - Vinhos espumantes

3 - Vinhos fortificados

Para cada ocasião devemos ter em atenção as particularidades de cada tipo de vinho para que a escolha seja correta.

São os vinhos mais ricos em aromas e sabores, apresentando diferentes tonalidades de cor e maior brilho.

Quando amadurecidos em barris de carvalho adquirem novos aromas, sabores e maior estrutura.

Com o envelhecimento em garrafa, estes vinhos tornam-se mais agradáveis e macios ao paladar.

Exemplos de vinhos: Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Merlot, Malbec.

1 - VINHOS TRANQUILOS

Vinhos tranquilos são aqueles que não recebem adição de álcool vínico, isto é, não fortificados, e que não possuem gás de dióxido de carbono.

Dizem respeito a esta categoria os seguintes tipos de vinhos:

- Brancos: são produzidos a partir do suco de uvas brancas ou tintas, onde foram removidas as cascas antes do início do processo de fermentação. São caraterizados pelo seu perfume, leveza e frescor. São aconselhados para acompanharem pratos leves, tais como saladas, carnes brancas, peixe, marisco e outros frutos do mar.

- Rosés: são elaborados a partir do suco de uvas tintas que ficaram menos tempo em contato com as cascas durante o processo de fermentação. São apreciados pelo seu frescor e acidez.
Acompanham, preferencialmente, pratos leves

- Tintos: são elaborados a partir do suco de uvas tintas que ficaram mais tempo em contato com as cascas durante o processo de fermentação. São amadurecidos em barris de carvalho, para ganhar corpo, novos sabores e potencial de envelhecimento. Acompanham refeições mais gordas à base de carnes vermelhas.

- Doces e de sobremesa: são elaborados a partir do suco de uvas brancas ou tintas supermaduras, isto é, deixadas no pé do cacho de uvas por tempo além do necessário, para que atinjam um nível elevado de açúcar e maior teor alcoólico.

- Laranjas: são pouco produzidos e conhecidos. São elaborados através do suco de uvas brancas que ficaram em contato com as cascas por um longo período, adquirindo cor e textura. Cachos inteiros de uvas são introduzidos em ânforas ovais de terracota (kvevris), revestidas internamente com cera de abelha e armazenadas abaixo do nível do solo para que atinjam temperaturas mais baixas.

2 - VINHOS ESPUMANTES

São aqueles que possuem uma quantidade significativa de gás de dióxido de carbono.

Podem classificar-se em duas categorias:

- Vinhos Espumantes: produzidos a partir do suco de uvas brancas ou tintas, sofrem duas fermentações. A primeira, alcoólica, que transforma o suco da uva em vinho. A segunda fermentação dá origem às borbulhas e espuma.
Podem ser elaborados através do
Método Charmat, onde a segunda fermentação ocorre em grandes tanques de aço inox, ou pelo Método Tradicional, com a segunda fermentação ocorrendo dentro da própria garrafa.

- Vinhos Frisantes: são produzidos a partir do suco de uvas brancas ou tintas. O gás de dióxido de carbono é obtido de maneira artifical, sendo introduzido no vinho no momento em que acontece a fermentação alcoólica.
O vinho frisante tem menos gás carbónico que o espumante e, consequentemente, menos bolhas e espuma.

3 - VINHOS FORTIFICADOS

São os vinhos que recebem adição de álcool vínico, daí resultando um teror alcoólico situado entre 15 e 22%. O álcool extra adicionado mata as leveduras interrompendo o processo de fermentação, mantendo no líquido o açúcar natural das uvas.

Exemplos de vinhos fortificados: Vinho do Porto, Xerez, Madeira.

> VINHOS DE MESA
(espécie de uvas: Vitis Bourquina, Vitis Labrusca, Vitis Rupestris)

São vinhos mais baratos e destinados ao consumo imediato. Apresentam  cores mais intensas e opacas. Os aromas são rústicos,de sabores simples com certa doçura.

Não estagiam em barris de carvalho e não suportam o envelhecimento em garrafa.

Exemplos: vinhos de garrafão, vinhos produzidos com uvas Bordeaux, Concord, Isabel, Niagara.


TEOR DE AÇÚCAR NOS VINHOS

De acordo com o teor de açúcar presente no vinho, classificam-se os vinhos da seguinte forma:

- Brut-nature: é aquele sem adição de açúcar, ou com pouco açúcar;

- Extra-brut: de 0 a 6 g/l;

- Brut: até 15 g/l;

- Extra-seco: entre 12 e 20 g/l;

- Seco, sec ou dry: entre 17 e 35 g/l;

- Meio doce, meio seco ou demi-sec: entre 33 e 50 g/l;

- Vinho suave ou doce: mais de 50 g/l.